junho.2025

Aumenta o emprego formal no Estado no trimestre

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junho.2025

Panorama dos casamentos civis de pessoas do mesmo sexo

Casamentos civis de pessoas do mesmo sexo, segundo o sexo dos cônjuges

Estado de São Paulo, 2013-2024

As estatísticas do registro civil mostram que, entre 2013, primeiro ano com informações, e 2024, a tendência dos casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo foi crescente, com alguns momentos de decréscimo, em especial durante a pandemia de Covid-19. Neste período, foram contabilizados 37.625 registros deste tipo de união, com aumento da participação no total de casamentos, que passou de 0,7%, para 1,8%. As uniões civis entre mulheres foram sempre mais numerosas do que entre homens (65% em 2024).

Estado civil anterior ao casamento atual de pessoas do mesmo sexo, segundo o sexo dos cônjuges

Estado de São Paulo, 2024, em %

No Estado de São Paulo, em 2024, a distribuição do estado civil anterior entre os casamentos de pessoas do mesmo sexo indica participação mais numerosa de solteiros(as), respondendo por 91% para as uniões entre homens e 84% entre mulheres. Na sequência aparecem divorciados(as), com 8% para as uniões masculinas e 14% para as femininas. Neste ano, a presença de viúvos(as) foi bastante reduzida, representando apenas 0,2% entre os homens e 0,4% entre as mulheres.

Idade média ao casar de pessoas do mesmo sexo, segundo o sexo dos cônjuges

Estado de São Paulo, 2013-2024, em anos

Entre 2013 e 2024, observa-se tendência de decréscimo nas idades médias ao casar para as uniões de pessoas de mesmo sexo, sendo sempre superiores para os homens. Entre eles, a idade média reduziu-se de 38,6 para 36,0 anos e, para as mulheres, de 36,2 para 34,1 anos. Ressalte-se que este comportamento não foi uniforme durante o período, alternando momentos de aumento e diminuição. Nota-se que, mesmo havendo redução para ambos os sexos, ao final do período as idades médias ainda permanecem elevadas.

Idade média ao casar de pessoas do mesmo sexo, segundo o sexo dos cônjuges

Regiões metropolitanas do Estado de São Paulo, 2024, em anos

Entre as RMs paulistas, a Baixada Santista apresenta a maior idade média ao casar entre pessoas do mesmo sexo para os homens (39,5 anos) e a de Jundiaí para as mulheres (36,3 anos). Registram idade abaixo da média estadual as RMs de São José do Rio Preto, Sorocaba e Jundiaí, para as uniões entre homens, e as RMs de Campinas, Sorocaba e Piracicaba, para as mulheres. Somente nas RMs de Jundiaí e de São José do Rio Preto, a idade feminina superou a masculina e, nesta última, ambas idades se aproximam.

 

Fonte: Fundação Seade. Estatísticas do Registro Civil.
Obs.: Os dados de 2024 são preliminares.
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junho.2025

Ocupação atinge o maior patamar para população negra em 2024

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junho.2025

Taxa de informalidade diminui para 29,3% no 1º trimestre

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junho.2025

Ocupação aumenta e taxa de desocupação é a menor desde 2012

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junho.2025

Aumentam a ocupação e a desocupação para mulheres negras

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junho.2025

Panorama das TICs no Estado de São Paulo (2014-2024): conectividade e inclusão digital

Panorama das TICs no Estado de São Paulo (2014-2024): conectividade e inclusão digital

INTRODUÇÃO

A Fundação Seade apresenta edição especial do boletim Seade SP TIC, que analisa a evolução do acesso e da infraestrutura de internet no Estado de São Paulo, entre 2014 e 2024, com ênfase nos aspectos de conectividade domiciliar, inclusão digital, velocidade e custo da conexão, além das transformações nos usos e dispositivos de acesso à rede. A presente publicação tem como base os dados da pesquisa TIC Domicílios 2014, 2019 e 2024, realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br/NIC.br).

Os principais resultados evidenciam uma ampliação significativa da cobertura de internet nos domicílios paulistas, com destaque para o avanço do uso de tecnologias de conexão mais estáveis e velozes, como cabo de TV e fibra ótica. Essa modernização da infraestrutura foi acompanhada por elevação expressiva nas velocidades contratadas e aumento nos valores pagos pelos serviços.

No campo da inclusão digital, observou-se redução acentuada da parcela da população que nunca havia acessado a internet, ao mesmo tempo que o celular se consolidou como principal dispositivo de acesso, especialmente entre as classes C e D/E e pessoas com 60 anos ou mais. Também ocorreu crescimento relevante na proporção de usuários da internet, com a disseminação do acesso ao ambiente digital entre perfis sociais e etários diversificados.

Esses fatores contribuíram para mudanças no perfil do uso da internet, com expansão das atividades de comunicação instantânea, acesso a conteúdo multimídia e aumento na realização de transações financeiras. Apesar desses avanços, ainda persistem disparidades significativas relacionadas à classe social, à escolaridade e ao tipo de conexão utilizada, refletindo desafios para uma conexão digital plena e equitativa.

Os resultados do Estado, no período, são cotejados com os dados nacionais, permitindo uma compreensão mais ampla da realidade paulista em relação ao contexto brasileiro, bem como o percurso das mudanças no campo das TICs no período recente.

INFRAESTRUTURA E ACESSO À INTERNET

A série histórica apresentada neste boletim permite observar a ampliação do acesso domiciliar à internet no Estado de São Paulo: em 2024, 81% dos domicílios paulistas possuíam acesso à internet, o que representa elevação de 17 p.p. em relação a 2014. Essa tendência de aumento da conexão nos domicílios à rede já havia sido identificada em 2019 e foi incrementada, em grande medida, pela disseminação do acesso entre as classes C e D/E e a crescente propagação da conexão por meio de aparelhos celulares.

Esse comportamento de crescimento é ainda mais significativo para o Brasil, cujo acréscimo no período 2014-2019 foi de 33 p.p., extinguindo o hiato que havia em relação à cobertura dos domicílios paulistas.

É necessário considerar que o aumento da proporção de domicílios conectados ocorre em contexto de expansão da oferta da tecnologia digital, bem como da realização de atividades on-line, como trabalho e estudos remotos ou mediados por aplicativos, plataformização de serviços financeiros, consumo de entretenimento por plataformas de streaming e popularização das Smart TVs, além da disseminação de aplicativos de governo eletrônico e de comércio on-line.

Gráfico 1 – Domicílios com acesso à internet

Brasil e Estado de São Paulo, 2014-2024, em %

DOMICÍLIOS COM ACESSO À INTERNET, POR TIPO DE CONEXÃO

A crescente conexão nos domicílios paulistas foi acompanhada pela reconfiguração da infraestrutura de acesso à rede nas residências, impulsionada por modificações na oferta de serviços de internet em todas as regiões do país. Em 2014, ano inicial da presente série, havia uma distribuição relativamente homogênea entre os domicílios paulistas que se conectavam à internet via cabo de TV ou fibra ótica (31%) e via linha telefônica (DSL)1 (29%), sendo os lares restantes conectados via modem ou chip (20%), satélite ou rádio (8%) e ainda 5% que utilizavam a conexão discada. No entanto, 2024 consolida o avanço da conexão via cabo de TV ou fibra ótica – que permite um acesso mais estável e de menor latência – e essa modalidade se torna a mais presente nos domicílios conectados à rede (63%), levando a um acréscimo de 32 p.p. em relação a 2014.

Esse padrão de incremento já havia sido assinalado em 2019, impulsionado por mudanças na oferta de serviços de internet em todas as regiões do país: aumento da proporção de domicílios conectados via cabo de TV e fibra ótica e redução daqueles com conexão DSL.2

Nota-se, no período estudado, aumento na proporção de domicílios cujos moradores não souberam responder o tipo de conexão. Esse desconhecimento pode estar relacionado ao incremento da conexão domiciliar nas classes D/E, em que não há necessariamente a assinatura de um plano de internet domiciliar, mas sim um telefone celular conectado disponível aos moradores,3 sugerindo, nesse caso, heterogeneidade importante no acesso à rede web.

Nos domicílios do Brasil também se verificou ampliação da infraestrutura de banda larga, que alcançou 65% dos domicílios em 2024, com declínio das demais formas, inclusive da conexão móvel em relação a 2014.

Gráfico 2 – Domicílios com acesso à internet, segundo tipo de conexão

Brasil e Estado de São Paulo, 2014-2024, em %

VELOCIDADE DA CONEXÃO NOS DOMICÍLIOS E VALOR PAGO

A velocidade da conexão é requisito fundamental na qualidade do acesso, impactando diretamente a capacidade dos usuários em desempenhar atividades on-line, especialmente aquelas que exigem menor latência, como as profissionais, educacionais e culturais.4 Entre 2014 e 2024 houve aumento da velocidade de conexão nos domicílios de São Paulo que acessam a internet por banda larga fixa. Em 2024, as conexões com velocidade de 51 Mbps ou mais cresceram 29 p.p. em relação a 2014, enquanto aquelas com velocidade de até 20 Mbps foram significativamente reduzidas. Esse movimento foi impulsionado por avanços tecnológicos na oferta de serviços de internet, decorrentes da disseminação da conexão via cabo de TV ou fibra ótica e popularização de tarefas on-line que necessitam de banda mais larga de dados, como realizar trabalho remoto e acessar plataformas de streaming.

No entanto, em 2024, parcela significativa de domicílios seguiu sem acesso à banda larga fixa, correspondendo a 32% das residências conectadas no território paulista – com maior proporção nas classes D/E. Nesse caso, trata-se de iniquidades no acesso decorrentes majoritariamente de restrições financeiras, frente à exigência dos custos de manutenção da banda larga fixa nos moldes tecnológicos atualmente ofertados.

Gráfico 3 – Domicílios com acesso à internet por banda larga fixa (1), segundo velocidade da conexão

Brasil e Estado de São Paulo, 2014-2024, em %

(1) Em 2014 a velocidade foi captada inclusive para aqueles que não possuíam banda larga fixa, o que explica a menor proporção de domicílios representados nessa faixa. Para os demais anos, a opção banda larga fixa exclui domicílios que acessaram a internet por conexão discada, móvel via modem ou chip 3G ou 4G e ainda cujos moradores não souberam informar ou não responderam.

Os dados sobre valores pagos pela conexão principal dos domicílios5 demonstram que, entre 2014 e 2024, aumentaram os gastos com acesso à internet no Estado, que passaram a se concentrar nas faixas de R$ 91 a R$ 100 (24%) e acima de R$ 101 (31%). Em sentido oposto, diminuiu a participação das faixas de menor dispêndio (até R$ 60 reais e de R$ 61 a R$ 90). Esse comportamento, ainda que influenciado pelos acréscimos inflacionários no período, pode ser explicado pelo maior custo financeiro exigido pela conexão via fibra ótica. Conforme esperado, as classes A/B compõem parcelas expressivas entre aqueles com maiores valores pagos e os dados de Brasil acompanham essa tendência.

Gráfico 4 – Domicílios com acesso à internet, segundo faixa de valor pago pela conexão principal

Brasil e Estado de São Paulo, 2014-2024, em %

INCLUSÃO DIGITAL

A inclusão digital registrou impulso significativo entre 2014 e 2024 no Estado de São Paulo. Em 2014, um em cada quatro residentes com dez anos ou mais jamais havia acessado a internet; já em 2024, essa proporção caiu para um em cada dez. Nesse período, o celular se tornou o principal dispositivo de acesso à rede, especialmente nas classes C e D/E, e foi ampliada a cobertura de redes 3G, 4G e, mais recentemente, 5G. Além desses fatores, governos expandiram a oferta de serviços on-line e o comércio eletrônico por aplicativos se popularizou – fatores que mudaram hábitos da população, sob influência ainda da disseminação de diferentes usos da internet, como aqueles destinados ao entretenimento, educação, trabalho e saúde.

No caso do Brasil, em 2014 o patamar de não acesso à rede era superior ao registrado no Estado de São Paulo: quase metade dos residentes nunca havia acessado a rede, diferença que se reduz no período, chegando em 2024 a uma proporção semelhante à observada no território paulista.

Gráfico 5 – Indivíduos que nunca acessaram a internet

Brasil e Estado de São Paulo, 2014-2024, em %

A TIC Domicílios investiga as causas alegadas para o não uso, entre os indivíduos que nunca usaram a internet, captadas em respostas múltiplas. O motivo que registrou os maiores percentuais foi não saber usar a rede. Para essa alegação houve queda no Estado de São Paulo, entre 2019 e 2024, enquanto no conjunto do Brasil observou-se elevação crescente no período considerado. Também a falta de interesse/necessidade decresceu bastante no Estado de São Paulo e em menor proporção no Brasil, no mesmo período. Nesse caso, os percentuais se elevam conforme aumenta a idade dos respondentes, reiterando o arco de desafios que envolvem a inclusão digital para diferentes segmentos.

Gráfico 6 – Indivíduos que nunca utilizaram internet, por motivos

Brasil e Estado de São Paulo, 2014-2024, em %

No período em análise, o aparelho celular se consolidou como dispositivo indispensável no processo de inclusão digital. Em 2014, 58% dos residentes com dez anos e mais no Estado de São Paulo usaram a internet no celular – esse cômputo passou para 87% em 2024, aumento de 29 p.p. Tal comportamento se repete nacionalmente. Vários fatores contribuíram para essa ampliação: nessa década, houve redução de preços nos modelos de entradae adquirir um celular se tornou cada vez mais acessível do que um desktop ou notebook. As operadoras passaram a oferecer pacotes de dados pré-pagos com uso ilimitado (zero-rating) de aplicativos de mensagens de texto, áudio e vídeo (como WhatsApp), acesso às redes sociais e plataformas de vídeos. As interfaces se tornaram mais intuitivas, além da ampliação dos serviços ofertados por aplicativos: transporte, entrega de alimentos e encomendas, streaming e serviços públicos.

Gráfico 7 – Indivíduos que usaram a internet no telefone celular nos últimos três meses

Brasil e Estado de São Paulo, 2014-2024, em %

ACESSO INDIVIDUAL À INTERNET E DISPOSITIVOS UTILIZADOS

Entre 2014 e 2024, a proporção de usuários de internet,7 apresentou crescimento significativo. O Estado de São Paulo registrou incremento de 16 p.p. na década analisada, contudo esse acréscimo foi ainda maior no conjunto do Brasil (29 p.p. no período).

Em 2024, São Paulo e Brasil passaram a apresentar proporções similares de usuários de internet, com 83% e 84%, respectivamente. Esse fenômeno pode ser explicado pela disseminação do acesso à rede no território nacional, inclusive em áreas rurais.8 Ao longo dessa década, verifica-se que a adesão à rede foi proporcionalmente mais elevada entre os indivíduos com maior escolaridade e das classes A/B, em comparação às classes C e D/E.

Gráfico 8 – Usuário de internet

Brasil e Estado de São Paulo, 2014-2024, em %

Quanto ao dispositivo utilizado para acessar a internet, tanto no Estado de São Paulo como no conjunto do Brasil, o uso do celular, que já era significativo em 2014, atingiu a universalidade dos usuários em 2024. A utilização de computador, bastante significativa em 2014, tanto em São Paulo (83%) como no Brasil (80%), registrou declínio em 2024, passando para 50% e 40%, respectivamente. Essas mudanças podem ser associadas à maior presença de usuários das classes C e D/E que se conectam preponderantemente via aparelhos celulares e realizam as atividades mais corriqueiras nesses dispositivos móveis.

O uso da televisão para acessar a rede é um fenômeno relativamente recente, cuja utilização em 2014 era pouco expressiva. No entanto, em 2024, 63% dos usuários da web em São Paulo reportaram o uso de Smart TVs, um acréscimo de 56 p.p. Esse aumento também foi verificado no Brasil e reflete a popularização desses dispositivos que permitem a conexão com plataformas de streaming e canais de conteúdo audiovisual. Nesse caso, o aumento está relacionado às opções de entretenimento que incluem crescimento da oferta e diversidade de conteúdo.

Investigando quais dispositivos foram usados de forma exclusiva ou simultânea para acessar a internet, são observadas mudanças significativas na década analisada. Em 2014, 17% dos usuários em São Paulo utilizavam apenas o telefone celular para acessar a internet e 20% no Brasil. Em 2024 o uso exclusivo do celular atingiu metade dos usuários em São Paulo, enquanto o restante indicou uso combinado desse dispositivo com o computador. Cabe lembrar que a utilização exclusiva do telefone celular pode representar um uso mais limitado dos recursos oferecidos pela internet e menor domínio de habilidades digitais. Essa tendência se inverte no caso do uso combinado entre celular e computador.

Gráfico 9 – Usuários de internet, por dispositivo utilizado

Brasil e Estado de São Paulo, 2014-2024, em %

1) inclui computador de mesa, notebook tablet.

Gráfico 10 – Usuários de internet, segundo dispositivo utilizado de forma exclusiva ou simultânea

Brasil e Estado de São Paulo, 2014-2024, em %

ATIVIDADES REALIZADAS NA INTERNET

Atividades de comunicação foram as mais prevalentes entre os usuários de internet do Estado de São Paulo, entre 2014 e 2024, cuja adesão ao envio de mensagens instantâneas atingiu, no final da série, 91% dos usuários, seguida por chamadas de voz ou vídeo (83%) e uso de redes sociais (82%). Essas modalidades comunicacionais foram incrementadas na década, exceto o envio e recebimento de e-mails, que se manteve estável, por se tratar de mídia que veio sendo substituída por aplicações de comunicação em tempo real ou chamadas de voz e vídeo.

Registre-se o extraordinário crescimento de 54 p.p. na proporção de usuários que conversam por chamadas de voz e vídeo – em decorrência da universalização do celular e popularização de aplicativos como o WhatsAppZoomTeams Google Meet, especialmente no período pandêmico.

As taxas do Brasil são similares às paulistas, reflexo da ampliação do acesso a telefones celulares no país e seu uso majoritário para comunicação on-line, especialmente nas classes D/E.

Gráfico 11 – Usuários de internet, por atividades de comunicação

Brasil e Estado de São Paulo, 2014-2024, em %

No Estado de São Paulo, desde o início da série, a busca por informações sobre produtos e serviços tem sido rotina para parcela significativa dos usuários, embora com alguma diminuição em 2024. É provável que essa tendência decorra de mudanças no perfil dos usuários da rede na década analisada, já que, em 2014, havia a prevalência de usuários familiarizados com as TICs, o que propiciava um uso mais qualificado da internet. No transcorrer da década esse contingente foi acrescido pelo ingresso na rede de outros perfis de usuários que se conectam, prioritariamente, via telefones celulares, usam a rede majoritariamente para comunicação on-line e pertencem às classes D/E. Esses mesmos fatores podem ter influenciado a tendência de decréscimo na proporção de usuários que procuraram informações sobre viagens e acomodações, preponderantemente das classes A/B.

Ainda em São Paulo, tendência oposta foi assinalada entre aqueles que realizaram consultas, pagamentos ou outras transações financeiras on-line, com elevação de 25 p.p. entre 2014 e 2024. O aumento no número de transações oferecidas pelos bancos digitais e a popularização de serviços como o Pix podem ser apontados como alguns dos principais fatores que impulsionaram a realização de transações financeiras pela internet. Adentrara nesse ecossistema o pagamento de benefícios governamentais, que passou a ser efetuado via aplicativos de bancos públicos, como Seguro-Desemprego, Auxílio Gás, Abono Salarial, INSS e Programa Pé-de-Meia.

Embora no geral apresentem tendências similares, as taxas de uso da internet para procura de empregos e envio de currículos tendem a ser maiores em São Paulo, em comparação com a média nacional.

Gráfico 12 – Usuários de internet, por atividades de busca de informações

Brasil e Estado de São Paulo, 2014-2024, em %

O consumo de conteúdo multimídia on-line em São Paulo registrou significativo aumento em modalidades que se tornaram cada vez mais populares: assistir vídeos, programas, filmes ou séries (acréscimo de 21 p.p. entre 2014 e 2024), ouvir músicas (18 p.p.) e ouvir podcasts9 (19 p.p.). Tais acréscimos estão relacionados à notável popularização das Smart TVs e à expansão de plataformas de streaming, que produzem e disponibilizam esses formatos de conteúdo, transformando práticas culturais e modificando as formas de consumir entretenimento e notícias, além de condicionar o desenvolvimento de determinadas habilidades.

Já as modalidades mais tradicionais – ler jornais, revistas ou notícias pela internet – se mantiveram em patamar estável, demonstrando certa resiliência frente às mídias que já nasceram no on-line. A prática de jogos virtuais, que já havia conquistado usuários desde o início do período, também apresentou estabilidade ao longo do tempo, o que reforça o apelo dessas formas de entretenimento, especialmente entre os mais jovens.

Assim como em São Paulo, a utilização da internet para atividades multimídia tem sido incrementada no Brasil, o que reflete a disseminação da rede como um canal de entretenimento, cultura e atualização, reforçando seu papel na constituição de novos hábitos e comportamentos entre diversos segmentos da população.

Gráfico 13 – Usuários de internet, por atividades de multimídia

Brasil e Estado de São Paulo, 2014-2024, em %

(1) A modalidade ouvir podcasts não fazia parte da TIC Domicílios em 2014.

Os dados sobre a utilização da rede como meio de aprendizado revelam que a realização de pesquisas escolares on-line apresentou percentuais significativos na década estudada, no entanto registrando uma ligeira oscilação de 42%, em 2014, para 38%, em 2024. Com relação àqueles que usaram a internet para estudar por conta própria, houve aumento de 7 p.p. entre 2014 e 2024. Essas duas atividades são mais comuns nos grupos etários mais jovens e nas classes A/B.

Os usuários que afirmaram usar a web para fazer cursos à distância apresentam percentuais menores em relação a outras atividades relativas à educação. No entanto, na década estudada, as taxas dobraram de 11% para 22%. No conjunto do país houve aumento de 7 p.p. Também nesse quesito a participação é maior para usuários das classes A/B e escolaridade mais elevada. Eventualmente, limitações no acesso a tecnologias adequadas, pouca disponibilidade de tempo ou de estímulo para essa forma de aprendizagem explicam esse cenário.

Quanto à utilização da internet para a realização de atividades de trabalho, houve um incremento de 14 p.p. entre 2014 e 2024. Já no conjunto do país esse aumento foi menor, de 7 p.p. Para essa atividade há maior presença de usuários das faixas etárias que costumam ser mais engajadas no mundo do trabalho (16 a 34 e 35 a 59 anos), com mais escolaridade e das classes A/B, configurando nichos específicos nos usos das TICs. Essa ampliação de usos da rede dedicados ao trabalho pode sugerir desafios diversos, além da incorporação de inovações tecnológicas, afetando as formas de ocupação ou até mesmo as relações de trabalho.

O uso de armazenamento de dados pela internet registrou significativo crescimento entre 2014 e 2019, passando de 14% para 30% no Estado de São Paulo (16 p.p.) e de 16% para 28% no Brasil (12 p.p.). Entre 2019 e 2024 o aumento se manteve e representou mais 7 p.p. em São Paulo e 4 p.p. no país. O impulsionamento desse uso deve-se ao aumento da oferta de serviços de armazenamento de dados em nuvem (Cloud), que se tornaram mais populares e propiciam acesso remoto ao conteúdo dos usuários. Aqui também se observa maior participação de usuários das classes A/B e mais escolarizados. Mais um elemento que sugere a heterogeneidade representada nas formas de acesso à internet e no uso de seus benefícios.

Gráfico 14 – Usuários de internet, por atividades de educação e trabalho

Brasil e Estado de São Paulo, 2014-2024, em %

Entre as atividades realizadas pelos usuários na internet, o compartilhamento de conteúdo é um daqueles que exigem menos habilidades e dispositivos mais simples, talvez por isso apresente percentuais elevados na década considerada. Os dados no Brasil demonstraram patamar parecido.

Já a atividade de criação e postagem de conteúdo criado pelo próprio usuário registrou percentuais inferiores: 39% no Estado e 41% no país, em 2024. A criação ou atualização de blogs, páginas na internet ou websites, que requer um pouco mais de domínio tecnológico, apresentou percentuais ainda menores, sendo reportada por 16% dos usuários no Estado de São Paulo, o que representa um nicho digital com propósitos, habilidades e formas de usos bastante específicos.

Gráfico 15 – Usuários de internet, por atividades de criação e compartilhamento de conteúdo

Brasil e Estado de São Paulo, 2014-2024, em %

O avanço tecnológico reconhecidamente ocasiona mudanças nas formas de usos da rede, seja proporcionando diferentes serviços e atividades, seja substituindo antigas ferramentas por novas. Nessa direção, a queda na realização de downloads foi uma tendência observada na década, influenciada por essas mudanças. De fato, atualmente, o acesso a conteúdos audiovisuais ocorre predominantemente on-line, sobretudo por meio de streamings. Desse modo, as opções por downloads para acesso a música entraram em declínio no período analisado – de 52%, em 2014, para 40% em 2019.

Comportamento similar pode ser observado para download de softwares, programas de computador ou aplicativos, que também diminuiu de 37% para 23% (14 p.p.), assim como download de jogos e de filmes, no caso deste último facilmente disponíveis nos streamings em Smart TVs, desde que haja disponibilidade financeira da parte do usuário, o que não está, necessariamente, assegurado às classes C e D/E.

Os dados relativos ao conjunto do Brasil acompanharam a mesma tendência, evidenciando se tratar de mudanças estruturais capazes de gerar novas necessidades e formas de consumo na rede, de modo a influenciar comportamentos entre os distintos segmentos de usuários.

Gráfico 16 – Usuários de internet, por realização de downloads, por tipo de conteúdo

Brasil e Estado de São Paulo, 2014-2019 em %

Nota: Questões relativas à realização de downloads não foram incluídas na TIC Domicílios 2024, em razão do esperado desuso dessa ferramenta.
Fonte: Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br)/Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), Pesquisa sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação nos domicílios brasileiros – TIC Domicílios 2014, 2019, e 2024; Fundação Seade.

 

 

 

 

Notas:

1. Essa modalidade de conexão utilizava um modem Digital Subscriber Line (DSL) conectado à linha telefônica e propiciava, diferentemente da conexão telefônica tradicional, a separação entre o sinal de internet do sinal de voz. Permitia usar a internet e o telefone ao mesmo tempo, no entanto tornou-se obsoleta frente à disseminação da banda larga fixa. Disponível em: https://www.gta.ufrj.br/grad/03_1/dsl/caracteristicas.htm. Acesso em 11 abr. 2025.

2. Ref.: NIC.br; Cetic.br. Pesquisa sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação nos domicílios brasileiros – TIC Domicílios 2023. Disponível em: https://cetic.br/pt/publicacao/pesquisa-sobre-o-uso-das-tecnologias-de-informacao-e-comunicacao-nos-domicilios-brasileiros-tic-domicilios-2023/. Acesso em: 11 abr. 2025, p. 66.

3. Ref.: NIC.br; Cetic.br. Pesquisa sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação nos domicílios brasileiros – TIC Domicílios 2019. Disponível em: https://cetic.br/pt/publicacao/pesquisa-sobre-o-uso-das-tecnologias-de-informacao-e-comunicacao-nos-domicilios-brasileiros-tic-domicilios-2019/. Acesso em: 15 abr. 2025, p. 64.

4. Ref.: NIC.br; Cetic.br. Pesquisa sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação nos domicílios brasileiros – TIC Domicílios 2023. Disponível em: https://cetic.br/pt/publicacao/pesquisa-sobre-o-uso-das-tecnologias-de-informacao-e-comunicacao-nos-domicilios-brasileiros-tic-domicilios-2023/. Acesso em: 15 abr. 2025, p. 65.

5. Os dados apresentados estão em reais correntes. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC-IBGE) acumulado entre 2014 e 2024 é de 71,41%

6. Aparelhos de entrada são aqueles que oferecem funcionalidades básicas para comunicação e uso de aplicativos populares, normalmente com preços mais acessíveis.

7. A pesquisa define como usuário de internet o indivíduo que utilizou a rede há menos de três meses em relação ao momento da entrevista, conforme definição da União Internacional de Telecomunicações (2020).

8. Ref.: NIC.br; Cetic.br. Pesquisa sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação nos domicílios brasileiros – TIC Domicílios 2023. Disponível em: https://cetic.br/pt/publicacao/pesquisa-sobre-o-uso-das-tecnologias-de-informacao-e-comunicacao-nos-domicilios-brasileiros-tic-domicilios-2023/. Acesso em: 15 abr. 2025, p. 29.

9. A modalidade ouvir podcasts não fazia parte da TIC Domicílios em 2014.

 

 

 

 

 

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junho.2025

Criação de 72 mil empregos no ESP em abril

Entre março e abril de 2025, o emprego formal aumentou 0,5% no Estado de São Paulo e no Brasil. A geração de 72 mil postos de trabalho no Estado foi em decorrência de 731 mil admissões e 659 mil desligamentos. Com esse resultado, segundo o Caged, o estoque de empregos formais alcançou 14,6 milhões.

Houve ampliação do emprego na agricultura (1,6%), na construção (0,5%), nos serviços (0,5%) – com destaque para transporte, armazenagem e correio (9 mil), atividades administrativas e serviços complementares (9 mil) e saúde humana e serviços sociais (6 mil) –, no comércio (0,4%) e na indústria (0,3%).

No acumulado do ano (jan.-abr.2025), foram gerados 284 mil empregos formais no Estado, com aumento de 2,0%, representando 31% do total de empregos gerados no Brasil (922 mil), no mesmo período.

No acumulado de 12 meses, o Estado de São Paulo registrou 453 mil novos empregos – resultado de 8,2 milhões de admissões e 7,8 milhões de desligamentos –, com crescimento de 3,2%, ligeiramente inferior ao verificado para o Brasil (3,5%). Esse saldo corresponde a 28% dos empregos criados no país (1,6 milhão).

Nesse mesmo período, todos os setores de atividade apresentaram resultados positivos na geração de empregos no Estado: serviços (264 mil); indústria (83 mil); comércio (77 mil); construção (20 mil); e agricultura (9 mil).

Os desempenhos mais expressivos, em 12 meses, ocorreram na capital (142 mil), nos demais municípios da RMSP (98 mil) e nas regiões administrativas de Campinas (62 mil), Sorocaba (33 mil) e São José dos Campos (20 mil), respondendo por 78% dos empregos gerados no Estado de São Paulo.

 

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maio.2025

PIB Projeções

No primeiro trimestre de 2025, o PIB paulista cresceu 1,0%, na comparação com o trimestre anterior, considerado o ajuste sazonal. Em relação aos grandes setores, todos apresentaram taxa positiva: agropecuária (0,4%), indústria (0,3%) e serviços (0,6%).

Na comparação com o primeiro trimestre de 2024, o PIB avançou 2,3%, com crescimento de 7,6% na agropecuária, de 0,4% na indústria e 3,0% nos serviços.

Na taxa anual, o PIB do Estado cresceu 3,4%, com elevações na indústria (2,1%) e nos serviços (3,6%), enquanto a agropecuária recuou 1,1%.

Evolução do PIB paulista, em %

Com base nesses resultados, as projeções da Fundação Seade para o PIB paulista em 2025 são de mínima de 2,0%, média de 2,3% e máxima de 2,5%.

Projeções para o PIB paulista em 2025, em %

Mínima Média Máxima
Estado de São Paulo

2,0

2,3

2,5

Fonte: Fundação Seade.

Outros indicadores confirmam que, no início de 2025, a atividade econômica paulista vem mantendo desempenho favorável, embora com comportamento heterogêneo nos segmentos avaliados.

  • A produção industrial paulista subiu 2,1% em março, na comparação com fevereiro, com ajuste sazonal, segundo a PIM-PF
    do IBGE. A taxa anual foi de 2,8%, confirmando um primeiro trimestre positivo para o setor.
  • Com relação às vendas do varejo ampliado no Estado de São Paulo, foi observada elevação de 1,2%, entre fevereiro e março, considerado o ajuste sazonal, de acordo com a PMC do IBGE. A taxa anual ficou em -0,5%, diferente do varejo restrito, cuja taxa anual foi de 3,0%. O segmento de atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, com desempenho bastante negativo, tem contribuído para a retração na taxa anual do varejo ampliado.
  • Nos serviços, houve queda de 0,2% em março, em relação a fevereiro e com ajuste sazonal. Já a taxa anual atingiu 4,7%, confirmando recuperação deste indicador.
  • O mercado de trabalho do Estado de São Paulo registrou bom desempenho no primeiro trimestre de 2025, segundo a PNADc do IBGE. Nesse período, a ocupação cresceu 3,1%, na comparação com o mesmo trimestre de 2024, correspondendo a um incremento de 754 mil postos de trabalho. Os empregos com carteira assinada avançaram 4,0% nos meses de janeiro a março, refletindo o acréscimo de 453 mil ocupações formais. Simultaneamente, as ocupações sem carteira assinada recuaram 9,6%, implicando na redução de 252 mil postos de trabalho.
  • Os números do Caged também apontam crescimento do emprego formal. Em março, foi registrado um saldo positivo de 34,9 mil trabalhadores, na comparação com fevereiro. No acumulado de 12 meses, houve um aumento de 3,2%, com saldo positivo de 453,5 mil contratações.
  • No comércio exterior paulista, acentuou-se a tendência de elevação do déficit da balança comercial, em decorrência do avanço das importações. No acumulado entre janeiro e março, as exportações somaram US$ 15,9 bilhões, retração de 3,6% em relação ao mesmo período de 2024, enquanto as importações aumentaram 25,1%, nessa mesma base de comparação. Com isso, o saldo acumulado da balança comercial foi negativo em US$ 6,0 bilhões. Esse movimento reflete crescimento da indústria, que é o principal demandante das importações do Estado de São Paulo.

Em relação às projeções para o PIB paulista, alguns aspectos podem influenciar os resultados em 2025.

  • Começando pela economia internacional, há um clima de turbulência e incerteza diante da nova política comercial dos EUA, baseada em elevações generalizadas das tarifas de importação. Além disso, o direcionamento da política externa norte-americana se coloca como um novo elemento relevante nas tensões geopolíticas, dado o posicionamento indicado frente a temas como Otan, Faixa de Gaza e relações entre EUA e União Europeia.
  • Até o momento, foram impostas ao Brasil tarifas de 25,0% para aço e automóveis e de 10,0% para os demais produtos exportados para os EUA, estabelecendo-se na parte intermediária entre as nações mais atingidas. De qualquer forma, observa-se quebra do estado de confiança em escala global, sendo que, mesmo que todas as medidas no campo tarifário fossem revogadas, não haveria retorno à situação anterior, pela insegurança gerada e, também, por conta do comportamento de grande parte dos agentes, como governos e empresas que, inevitavelmente, buscam um reposicionamento estratégico.
  • Nesse contexto, as principais instituições de avaliação econômica têm alterado sistematicamente as suas estimativas para a economia mundial, com rebaixamento das projeções de crescimento para 2025 e 2026. Um exemplo é o FMI, que em sua atualização de abril, reduziu a taxa projetada para o produto mundial em 2025, de 3,3% para 2,8% e, para 2026, de 3,3% para 3,0%, alertando para o risco de revisões nas próximas edições, dado o elevado grau de instabilidade no panorama atual.
  • No caso específico do Estado de São Paulo, além do impacto no que concerne às exportações, deve-se considerar o efeito negativo dessa turbulência sobre projetos de investimentos, sobretudo na indústria e na agropecuária, que exportam para os EUA e já se encontram bastante pressionados pelos níveis elevados dos juros.
  • No plano interno, as preocupações permanecem voltadas para o comportamento da inflação e das políticas monetária e fiscal. Uma grande tensão envolve a resistência do processo inflacionário, em meio a uma atividade econômica ainda aquecida.
  • Nesse sentido, cabe mencionar que a projeção para o IPCA, em 2025, ficou em 5,5% (Relatório Focus de 26/05/2025), nível acima da meta inflacionária (3,0%). A projeção para a taxa Selic situa-se no patamar atual, 14,75%, indicando juros reais básicos de aproximadamente 8,8% em termos reais, abaixo do nível projetado em janeiro, em torno de 9,4%, mas ainda elevado.
  • Diante desse quadro, contribui para a manutenção de uma economia aquecida a política fiscal expansionista em todas as esferas de governo, mas com destaque para o Governo Federal, reforçando as políticas sociais e de crédito e ainda resistindo para realizar cortes em algumas despesas discricionárias, no âmbito dos investimentos. Isso se mostrou decisivo para que os investimentos públicos, considerando todos os níveis de governo, subissem de 16,0% para 17,2% da Formação Bruta de Capital Fixo, entre 2023 e 2024, segundo estimativas do BNDES.
  • Com a atividade econômica ainda mostrando vigor, tem sido possível certa adaptação da indústria e do comércio às taxas juros vigentes, a partir da redução dos estoques a níveis operacionais mínimos, com fortes oscilações, conforme a variação da demanda no curto prazo. Segundo a Fiesp, o índice de percepção média de estoques da indústria paulista foi de 48,5 pontos em março, abaixo de 50 pontos, considerado o nível normal, o que significa contração dos inventários.
  • Ao mesmo tempo, é importante mencionar que, diante da política monetária restritiva, o endividamento e a inadimplência das famílias permanecem em patamares elevados, mas não têm subido de forma linear. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Fecomércio-SP para a cidade de São Paulo, houve um aumento no número de famílias endividadas em março, de 67,7% para 69,2%, após meses em queda, ficando um pouco acima do registrado um ano antes (68,5%).
  • Assim, com o emprego ainda crescente e as políticas públicas resistindo a cortes, principalmente no que se refere ao Bolsa Família, abrangendo 2,4 milhões de famílias no Estado de São Paulo, o consumo consegue avançar, mesmo que de forma limitada.

 

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PIB avançou 1,0% no trimestre encerrado em março

No acumulado dos últimos quatro trimestres em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores, o PIB cresceu 3,4%.

Resultados do 1o trim.2025, em %

Trimestre/trimestre imediatamente anterior

Com ajuste sazonal

Trimestre/mesmo trimestre do ano anterior

Acumulado ao longo do ano/mesmo período do ano anterior

Últimos quatro trimestres/quatro trimestres imediatamente anteriores

Acumulado dos últimos quatro trimestres

Valor Adicionado, segundo setores de atividade, Impostos Líquidos de Subsídios e Produto Interno Bruto

Estado de São Paulo, 1o trim.2024-1o trim.2025, em R$ milhões

2024 2025
1o trim. 2o trim. 3o trim. 4o trim. Total 1o trim.
PIB 794.756 859.633 906.256 919.225 3.479.871 877.576
Impostos Líquidos de Subsídios 126.484 137.311 142.847 147.980 554.623 138.971
Valor Adicionado 668.272 722.322 763.409 771.245 2.925.248 738.606
Agropecuária 9.219 11.486 13.572 9.359 43.636 14.082
Indústria 138.449 160.010 171.243 155.728 625.430 164.886
Serviços 520.604 550.826 578.593 606.158 2.256.182 559.637
Fonte: Fundação Seade.
Nota: Os dados são preliminares e sujeitos à revisão. Em valores correntes.
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